19/02/2021

Ato Nacional de luta pelo auxílio emergencial até o fim da pandemia

Durante a pandemia da Covid-19 a população negra e mulheres negras foram centralmente afetadas. Além de terem menos espaço no mercado de trabalho, durante a pandemia, a dupla jornada afetou diretamente as mulheres. De acordo com dados de uma pesquisa divulgada pela Gênero e Número, 41% das mulheres que mantiveram seus trabalhos durante a pandemia afirmaram que passaram a trabalhar ainda mais neste período.
A covid-19 evidenciou as desigualdades sociais e econômicas no Brasil, com a falta de políticas públicas e de acesso a serviços básicos, como saneamento e saúde. Segundo o IBGE, a diferença entre a taxa de desemprego entre brancos e pretos atingiu o pior nível desde 2012. Enquanto o índice para pretos está em 17,8% e para pardos, 15,4%, a taxa para brancos fica em 10,4%.
Neste cenário, Criola se somou a entidades articuladas na @coalizaonegrapordireitos, ontem (18), no ato nacional de luta por um auxílio emergencial de 600 reais até o fim da pandemia. Em todo o país, as organizações protagonizaram ações de mobilização e protocolaram em todas as assembleias legislativas uma proposta de manutenção do auxílio, dentre outras medidas emergenciais sobre o combate às iniquidades raciais no campo de trabalho e emprego para a população negra, em defesa do SUS e por vacina para toda a população, e prioritariamente para a população mais vulnerável, e pelas vidas negras.
Confira a Carta da Coalizão Negra Por Direitos protocolada na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
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