15/05/2024

Auxílio Calamidade Climática: Criola se junta a outras organizações para cobrar uma política de amparo às vítimas de desastres climáticos

As fortes chuvas, em meio à degradação ambiental, devastaram praticamente todo o estado do Rio Grande do Sul: mais de 2 milhões de pessoas foram impactadas e cerca de 618 mil estão fora de suas casas. Aproximadamente 85% das cidades do estado foram atingidas, com um trágico número de mais 140 vidas perdidas. Além de tudo isso, ainda foram relatados abusos sexuais cometidos contra meninas e mulheres desabrigadas, o que fez com que as autoridades públicas buscassem como alternativa a construção de abrigos exclusivos para crianças, meninas e mulheres.  

Diante desse cenário desolador, redes de solidariedade surgiram em todo o país para mobilizar doações e socorro. São esforços importantes, mas insuficientes. Essas comunidades levarão anos para se recuperar. Por isso, cobramos uma política pública que ampare pessoas afetadas por eventos climáticos extremos, que possa auxiliar os grupos de pessoas mais vulneráveis vitimadas por tempestades em cidades não adaptadas, entre outros eventos climáticos extremos. Somente o poder público tem a capacidade de fornecer assistência em larga escala diante da calamidade.  

Assim como aconteceu durante a pandemia com o auxílio emergencial, fruto da mobilização popular, o Governo Federal precisa assumir um compromisso com essas pessoas, estabelecendo um programa de repasse de recursos para as pessoas afetadas: um auxílio à calamidade climática para mulheres, crianças, populações de baixa de renda e pessoas negras, grupos mais atingidos e prejudicados pela crise.  

Criola é uma das organizações mobilizadas em prol da formulação dessa política pública. Com essa campanha, reivindicamos que o Governo Federal realize a edição de uma medida provisória para o Auxílio Calamidade Climática, uma forma de trazer dignidade para as famílias vítimas da crise climática e da negligência das autoridades públicas.

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