21/10/2021

Casa das Mulheres da Maré (RJ) adota estratégia de Justiça Reprodutiva na luta por direitos

Criola, a convite da Casa das Mulheres da Maré – iniciativa da ONG Redes da Maré –, compartilha metodologia e propõe novo olhar sobre a realidade das moradoras das 16 favelas que integram o Complexo da Maré, na zona Norte do Rio.

Na série de 4 oficinas virtuais iniciadas em setembro, Criola oferece uma formação inédita sobre Justiça Reprodutiva para 40 participantes, entre equipe e parceiras da Casa das Mulheres. O objetivo é apresentar o conceito-potência da Justiça Reprodutiva como estratégia para conexão entre diferentes aspectos das vidas das mulheres. Os encontros têm permitido repensar os territórios e o atendimento às mulheres que procuram a Casa em busca de apoio jurídico ou psicológico, acolhimento e qualificação profissional.

Para isso, Criola projetou os encontros on line considerando as experiências acumuladas pelas participantes em suas trajetórias pessoais e profissionais, bem como nos projetos e ações desenvolvidas junto às mulheres atendidas pela Casa das Mulheres.

A Maré é um território com grande protaganismo de mulheres. De acordo com o Censo 2010, possui 51% de moradoras mulheres. Dessas, 57% se declaram negras e cerca de 10% não são alfabetizadas. 63% das que trabalham possuem renda mensal entre 1/4 de salário mínimo e 1 salário mínimo e 49,4% daquelas com mais de 15 anos são responsáveis financeiramente por seus domicílios. Outras 44,3% das moradoras entre 20 e 24 anos já são mães.

Material de formação

Durante os encontros serão disponibilizados informativos, vídeos e podcasts produzidos por Criola para a construção de mapas diagnósticos e operacionais. Os encontros terão como produto final uma sistematização em formato de cartilha com as principais reflexões, discussões e resultados do ciclo formativo.

O  recém lançado dossiê Mulheres Negras e Justiça Reprodutiva, relacionando acesso a Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais aos Direitos Sexuais e Reprodutivos, é também  material referência nesta estratégia desenvolvida por Criola como contribuição à difusão de conhecimentos voltados à erradicação do racismo patriarcal cisheteronormativo, para a garantia de direitos, a ampliação da democracia e da justiça e pelo Bem Viver.

A formação acontece até 28 de outubro, com a mediação da equipe da coordenação de Criola.

Quer saber mais sobre a estratégia da Justiça Reprodutiva?

Acesse:

Dossiê Mulheres Negras e Justiça Reprodutiva 

CRIOLA POD! – Episódio Fernanda Lopes

Vozes de Criola – Episodio Justiça Reprodutiva

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