12/11/2018
Criola é uma das organizações ouvidas pela CIDH
No dia 9 de novembro de 2018, sexta-feira, pela manhã, as organizações e movimentos sociais negros e de mulheres negras, de familiares de vítimas do Estado e representante de religiões de matriz africana estiveram reunidos com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), representada pelas relatoras Margarette May Macaulay e Antonia Urrejola.
As denúncias reafirmaram que mulheres negras têm vivenciado a gravidade das violações de direitos em inúmeras dimensões como: racismo e violências institucionais; ações afirmativas; políticas de austeridade e Emenda Constitucional 95; direitos sexuais e reprodutivos; mulheres negras LBTQIs; violência de gênero e feminicídio; acesso à justiça; intervenção; sistema socioeducativo; sistema prisional; adoecimento e saúde; reparação psíquica e social; pacotão histórico de violência do Estado e intolerância religiosa.
As relatoras ressaltaram que, atualmente, o Brasil foi inserido no capítulo 4 B sobre violações de direitos humanos, que representa o grupo de Estados com violações de direitos muito agravadas.
Criola, com histórico de atuação de 26 anos em defesa dos direitos das mulheres negras, participou da atividade apresentando denúncias nos campos dos direitos sexuais e direitos reprodutivos das mulheres negras (com ênfases à tríplice epidemia, mortalidade materna, violência obstétrica e criminalização de mulheres por aborto).
Na reunião Criola entregou a segunda atualização de casos apresentados durante a audiência realizada no Rio de Janeiro em agosto de 2016 e atualizados em outubro de 2017.