01/10/2025
Criola participa da Oficina Regional para Implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra
Evento visa ampliar a visibilidade da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) e fortalecer estratégias de enfrentamento ao racismo institucionalizado no Sistema Único de Saúde.
O mês de outubro marca uma data importante para o combate ao racismo n Sistema de Saúde: o dia 27/10 é marcado pelo Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra, uma data criada para chamar a atenção para as desigualdades raciais e os impactos do racismo na saúde da população negra no Brasil. Além de promover reflexões, a data marca, historicamente, a mobilização de organizações e lideranças negras em prol de ações para assegurar o acesso universal e a qualidade dos serviços de saúde, combatendo o racismo institucional e garantindo um atendimento digno e sem discriminação.
Na manhã deste dia 01/10, Criola participou da Oficina Regional para Implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, realizada pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro. O evento visa ampliar a visibilidade da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) e fortalecer estratégias de enfrentamento ao racismo institucionalizado no Sistema Único de Saúde.
A Coordenadora Geral de Criola, Lúcia Xavier, esteve presente no evento e reforçou que
“um dos maiores problemas que enfrentamos com relação à saúde da população negra, é que meninas e mulheres negras não estão no centro da Atenção, elas estão no centro do controle. As unidades básicas sabem dizer que tipo de anticoncepcional cada mulher precisa tomar, mas é incapaz de saber como ela tem vivido integralmente a experiência de ser mulher. Se ela não estiver grávida, ou se ela não quiser ficar grávida, as unidades não podem auxiliar. Não se sabe se aquela mulher tem problema cardíaco, se está passando por depressão…. por isso olhar a mulher como centro é muito importante. As mulheres negras compõem o maior público do SUS e são elas que fazem uma cadeia de transmissão e de cuidados enorme entre crianças, idosos, adultos, vizinhos… mas no momento do atendimento, não se olha a mulher de forma integral”.
Criola e organizações parceiras da região metropolitana do Rio de Janeiro têm trabalhado ativamento para transformar o Sistema de Saúde. Juntas, estamos criando estratégias de ação, incidência política e mudanças reais que garantam saúde digna para meninas e mulheres negras.