06/12/2018
Encontro Nacional de Mulheres Negras celebra 30 anos de luta, resistência e resiliência
Um dos eventos mais importantes do ano, o Encontro Nacional de Mulheres Negras 30 anos, acontece de 6 a 9 de dezembro, em Goiânia, na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). A norte-americana Angela Davis (foto), uma das principais feministas e ativistas pelos direitos civis dos Estados Unidos e referência para todo o movimento social negro e de mulheres negras é um dos destaques do encontro, que também tem presenças confirmadas da filósofa, escritora e ativista Sueli Carneiro e da escritora Conceição Evaristo. Mais de mil mulheres pretas ativistas de todo país estão mobilizadas em torno do tema “Contra o racismo e a violência e pelo bem viver – mulheres negras movem o Brasil”. Criola também marcará presença! E você pode acompanhar tudo pelo site. Clique aqui.
Na foto acima, a escritora Conceição Evaristo
O Encontro conta com programação diversificada de atividades formativas, artísticas, literárias e culturais. Salas, auditórios e espaços livres serão sinalizados com nomes de lideranças históricas do movimento de mulheres negras, como Luiza Bairros, Lélia Gonzalez, Carolina de Jesus, D. Ivone Lara, Fátima de Oliveira, Catarina Mina, Sílvia Catanhede e Francisca Poderosa, personalidades cuja militância, articulação política e social radicaram contribuições ímpares no movimento de mulheres negras brasileiras.
No palco D. Ivone Lara haverá performances das cantoras Thainá Janaina, Dani França, Nina Soldera, Sônia Ray, Luz Negra, entre outras; comidas típicas de Goiás e de outros estados poderão ser encontradas na Varanda Francisca; e a exposição fotográfica “Nossos Passos Vêm de Longe” terá instalação permanente no Espaço Salão Lélia Gonzalez.
O Encontro
O Encontro é organizado por entidades do movimento de mulheres negras. Desde março deste ano, ativistas do campo e da cidade, das periferias, quilombos, dos espaços religiosos de matriz africana, trabalhadoras domésticas, jovens e de todas as idades, realizaram atividades prévias nos seus estados no sentido de realizar uma leitura de como estão os seus direitos nos lugares onde vivem e em todo o país. Elas estão mobilizadas pela ampliação de parcerias e redes de fortalecimento, pela manutenção e conquista de direitos e pela convergência de esforços no embate a todas as formas de racismo, opressão e submissão da mulher negra no Brasil.
As mulheres negras no Brasil são 55,6 milhões, chefiam 41,1% das suas famílias e recebem, em média, 58,2% da renda das mulheres brancas, segundo o Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, séries históricas de 1995 a 2015 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE.*
Com informações do site oficial