14/07/2023

Construção coletiva de estratégias para alcançar igualdade de raça e gênero no mundo leva Criola à Ruanda 

Identificar temas e processos que irão colaborar na efetivação da igualdade de raça e gênero no mundo. Essa é a pauta da reunião presencial da Estrutura de Responsabilidade Feminista, que acontece entre os dias 13 e 15 de julho em Kigali, Ruanda, com apoio da Global Fund for Women (GFW). A Estrutura, grupo formado por 22 organizações feministas e de mulheres negras, entre elas, Criola, deve reunir as informações coletadas durante as consultas nacionais e regionais, realizadas em todo o mundo, para orientar ações de monitoramento e cobrança das responsabilidades dos países.  

O foco é a incidência no Fórum Geração Igualdade (GEF), integrado por ONU Mulheres, governos de diversos países, sociedade civil e setor privado, e que, entre 2021 e 2026, busca promover ações concretas, ambiciosas e transformadoras para alcançar um progresso imediato e irreversível em direção à igualdade de gênero.  

“Essas consultas promovidas pela Estrutura vão nos trazer dados importantes, vindos de experiências únicas de grupos que raramente são ouvidos em suas necessidades. Isso é essencial para que haja uma resposta efetiva de promoção de transformação para as mulheres e meninas que mais necessitam dessa mudança”, explica a assessora política de Criola, Marina Fonseca, que representa organização na ação.  

Para isso, consultas virtuais com organizações e mulheres foram realizadas durante os meses de junho e julho, em nível nacional e regional (América Latina). O objetivo era ouvir delas quais são os temas que, localmente, elas acreditam que necessitam de um olhar mais apurado de Estados e financiadores para alcançar os direitos e propostas elencadas pelo GEF.   

Até o fim de agosto, uma nova consulta nacional deve acontecer. As inscrições serão divulgadas nas redes sociais das organizações que representam o Brasil na Estrutura. Além de Criola, fazem parte Odara – Instituto da Mulher Negra, Coletivo de Mídia Negra Revista Afirmativa, e Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB).  

A reunião em Ruanda, além de promover uma integração e conhecimento geral das consultas realizadas pelo globo, vai viabilizar o primeiro treinamento de advocacy, foco das próximas atividades. O resultado das consultas deverá ser apresentado ao mundo em setembro, durante a Assembleia Geral da ONU. Porém, antes disso, mulheres e organizações que participaram das consultas irão conhecer alguns dados resultantes de sua participação na ação.

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