14/12/2021

Fundo ManaMano fortalece empreendedorismo em comunidades cariocas durante pandemia

Empreendedoras negras indicadas por Criola recebem formação que deve colaborar para crescimento de seus negócios

Como a pandemia afetou sua renda? Para muitas micro e nano empreendedoras, a crise econômica causada pelo Covid-19 atingiu em cheio seus negócios. “Tive que fechar uma pequena confecção que tinha há 16 anos”, conta Flávia Concécio, que tinha ali o sustento da família. Segundo um levantamento de 2020 do Sebrae e FGV, foram as mulheres negras, assim como Flávia, as mais afetadas pela pandemia

Fortalecendo as iniciativas de enfrentamento à pandemia para a população negra, e buscando diminuir as desigualdades enfrentadas no período pelas mulheres negras e suas famílias, Criola integra o projeto ManaMano, um fundo de transformação social e de desenvolvimento destinado a fortalecer negócios como os de Flávia, moradora de Costa Barros. A costureira foi uma das mulheres indicadas por Criola para participar da iniciativa, ao lado de Sarah Rubia, de Vargem Grande, que trabalha com alimentação artesanal e agroecológica.

O fundo vinha sendo estudado desde 2019, mas foi em 2020, com a chegada da pandemia, que a iniciativa se mostrou essencial. Com foco nas micro e nano empreendedoras de favelas e periferias da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, o objetivo é diminuir os impactos econômicos e criar ferramentas de geração de renda para as famílias. O projeto é realizado em uma ação conjunta entre UFRJ, Ashoka Brasil, Luta pela paz, Asplande, Dara, Gastromotiva e Criola. 

 

Aulas e ajuda financeira

Desde outubro, as participantes vem recebendo formação online. Serão seis meses de formação sobre educação financeira, marketing digital, plano de negócios,  entre outros temas, além de suporte financeiro. O recurso para essas ações vem através de doações que podem ser feitas no site no fundo.

Flávia faz parte da terceira turma do projeto. Para ela, a oportunidade está rendendo boas expectativas para o futuro. “Hoje trabalho sozinha, mas pretendo ampliar meu ateliê com as várias ferramentas da formação que ManaMano está nos proporcionando”, afirma. A previsão é que, em março, com o fim das aulas, seu empreendimento esteja fortalecido e com um plano de negócios estabelecido.

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