Enedina Alves
Nascida em Curitiba, Paraná, no dia 13 de janeiro de 1913, filha de Paulo Marques e Virgília Alves Marques, Enedina Alves Marques é uma personalidade fundamental na história das mulheres negras no Brasil.
Filha de mãe doméstica e crescendo em um contexto de fortes desigualdades raciais e de gênero, ela rompeu barreiras através da educação tornando-se a primeira mulher negra engenheira no país.
Sua história na profissão começa em 1940 quando ingressou no curso de Engenharia Civil na Universidade Federal do Paraná. Era a única mulher em sua turma e enfrentou o racismo e o machismo de forma direta e cotidiana. Em 1945, formou-se e logo após, foi nomeada auxiliar de engenharia na Secretaria de Estado de Viação e Obras Públicas do Paraná e depois atuou no Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica.
Sua competência, trabalho e liderança contribuíram muito para o estado nos campos científicos e tecnológicos e como destaque está a sua participação no planejamento da Usina Capivari‑Cachoeira (atualmente conhecida como Usina Governador Pedro Viriato Parigot de Souza) considerada uma das maiores centrais subterrâneas de energia da América Latina.
“As mulheres ainda são minorias nessa carreira e quando aplicamos essa camada no recorte racial,encontramos muito poucas representadas nas empresas, no poder público e nas pesquisas.”
(Viviane Japiassú- nano influenciadora Negras na História)
A história de Enedina abriu portas para que mulheres negras ocupem universidades, escritórios de engenharia e cargos técnicos em todo o país. Sua trajetória ensina que resistir também é projetar o futuro.
Sua memória permanece viva e seu nome reconhecido em ruas, placas universitárias, instituições negras e em 2023, no seu 110º aniversário, o Google dedicou um Doodle comemorativo à sua existência.
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Enedina Alves/ reprodução: site Wikipedia

