Tereza de Benguela
Tereza de Benguela foi uma das maiores lideranças que simbolizou a luta incansável por liberdade, dignidade e autonomia do povo negro no período colonial brasileiro em meados do século XVIII. Não há informações oficiais sobre a origem de nascimento de Tereza, apenas que foi uma mulher negra imposta em condições de escravidão.
Anos depois, casou-se com José Piolho, líder do Quilombo do Quariterê, localizado no Vale do Rio Guaporé, atualmente no estado do Mato Grosso. O quilombo era um espaço de produção que gerava a sobrevivência através do plantio de alimentos como algodão, milho, feijão, mandioca, banana, tecelagem e autodefesa.
“Foi uma rainha do quilombo, participando de decisões muito importantes. Decisões políticas, sociais, econômicas e de todos os setores daquele núcleo social”
(Paula da Silva – nano influenciadora Negras na História)
Após a morte de Piolho, ela assumiu sozinha a liderança do quilombo, resistiu à invasão de portugueses e implementou um modelo próprio de governança com “parlamento”, conselheiros e uma estrutura política, econômica e de autogestão baseados em valores de solidariedade, fé, coletividade e união. Tereza governou por 20 anos entre conflitos e vitórias, mas em 1770 as tropas lusitanas atacaram o local assassinando diversos quilombolas e destruiu a comunidade. Alguns pesquisadores afirmam que ela foi morta nesta guerra e outros que ela fugiu e morreu anos depois. Não constam informações oficiais.
Resgatar sua história é valorizar a liderança de mulheres negras que assumiram papéis de protagonismo e reafirmar o valor da liberdade, da ancestralidade e da voz negra que luta por um país mais justo e igualitário.
O Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra é comemorado anualmente no dia 25 de Julho, reconhecido por lei e assinada em 2 de junho de 2014, pela presidente Dilma Rousseff com o objetivo de relembrar a importância de mulheres negras do Brasil na luta contra a escravidão, o racismo e o machismo.
Saiba mais sobre Tereza de Benguela no episódio abaixo contado pela nossa parceira, Paula da Silva e acompanhe outras histórias no canal do Youtube.
Tereza de Benguela


